Lançado em 1994 pela Nintendo e desenvolvido por suas subsidiárias Nintendo R&D1 e Intelligent System, Super Metroid foi o primeiro e único jogo da série Metroid lançado para o Super Nintendo. O jogo é uma continuação direta do capítulo anterior da saga, Metroid II: Return of Samus, lançado para o GameBoy em 1991, e se passa imediatamente aonde o jogo anterior terminou.
A protagonista é a caçadora de recompensas Samus Aran, que ao explorar o planeta SR388
obteve um ovo Metroid no final do jogo anterior, possivelmente o último
de sua espécie. O ovo chocou pouco tempo depois, e a pequena larva Metroid que surgiu dele se apegou à heroína, acreditando ser sua mãe. Samus
decidiu doá-lo para a Colônia Espacial Ceres, onde poderão ser feitas
novas pesquisas com o “filhote” e também aproveitar seu poder para fins
positivos. Porém, o pirata espacial Ridley, antigo inimigo de Samus, invade a colônia, mata todos os cientistas e sequestra a larva. Cabe a Samus a tarefa de destruir Ridley de uma vez por todas e resgatar o pequeno Metroid; por isso ela o segue até o planeta Zebes novamente, onde também se passa o primeiro jogo da série.
A série Metroid sempre foi conhecida por seu
elemento de exploração, diferente da maioria dos outros jogos da época.
Todas as áreas são interconectadas e é possível explorar todo o cenário,
voltar para o ponto inicial, descobrir novas armas e armaduras para
prosseguir e descobrir novas áreas, necessárias para prosseguir no jogo.
A série Castlevania, contemporânea de Metroid, também utilizou elementos similares a este em diversos de seus jogos, mas foi Metroid quem introduziu esse conceito e utilizou com cuidado e grande desenvolvimento em todos seus capítulos.
E Super Metroid não foi a exceção; pelo contrário,
tornou-se o capítulo da série que mais expandiu e elaborou esse conceito
até então, não sendo tão claustrofóbico quanto Metroid II e nem tão repetitivo quanto o primeiro Metroid.
Como resultado, o sistema do jogo acabou se tornando um dos mais
influentes já feitos. A atmosfera desolada do jogo, os vários caminhos e
decisões que podem ser tomadas, como o resgate de alguns animais no
planeta, as diversas armaduras e os power-ups, só aumentam seu fator replay, que já é alto – considerando as recompensas que podem ser obtidas no final dependendo de seu tempo e desempenho.
Em matéria de técnica, Super Metroid também não faz feio. Os gráficos são belos, detalhados e bem construídos, e a excelente trilha sonora composta por Kenji Yamamoto e Minako Hamano
não poderia ser mais apropriada à exploração do planeta Zebes. A
jogabilidade é simples; o jogador não precisa de mais de três botões
para executar as funções do jogo. Mas especialmente nesse caso, simples
está bem longe de ser ruim, pois é a sua leveza que transforma a
experiência de jogar Super Metroid em algo ainda mais divertido.
São poucos os jogos que conseguem ser tão influentes e atemporais após tanto tempo de seus lançamentos originais. Super Metroid
foi lançado há dezoito anos, e ainda é capaz de surpreender o jogador a
cada instante, não soando datado em nenhum momento. Apesar de ter sido
um fracasso de vendas no Japão e não ter vendido tão bem no Ocidente
quando foi lançado, o tempo fez justiça a esse jogo e hoje em dia ele é
merecidamente aclamado como um dos melhores jogos já feitos, pela
crítica, pelo público e por desenvolvedores de jogos, que até hoje
tentam replicar fielmente um sistema de jogo tão sensacional, considerado uns dos melhores jogos da Snes.
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