Em uma entrevista para o site Gamespot, o roteirista-chefe de Assassin's Creed IV: Black Flag. Darby McDevitt, detalhou algumas das peculiaridades do processo de escrever roteiros para video games.
Entre os maiores empecilhos, está a aproximação da linguagem cinematográfica. Isso porque aquilo que é fácil de fazer no cinema nem sempre é igualmente simples de fazer nos video games. Em um dos exemplos citados na entrevista, basta imaginar uma cena que necessite de 15 pessoas bêbadas.
Enquanto no cinema basta arranjar quinze atores, ligar a câmera e esperar que eles ajam como se estivessem embriagados, isso é impossível em um jogo – uma vez que não há memória para reproduzir 15 personagens únicos na tela ao mesmo tempo. Mesmo se isso fosse possível, o trabalho necessário para animar cada uma dessas quinze pessoas de forma convincente ainda seria muito superior que o trabalho de filmar quinze atores reais. Por conta disso, mesmo roteiristas experientes como McDevitt ainda enfrentam limitações inexperadas.
“Eu sempre me surpreendo quando eu apresento um roteiro para o time de animação e descrevo uma cena simples, como a de um homem que começa a chorar e uma única lágrima desde pelo seu rosto. Se eu pedir isso, eu escuto de volta ‘Darby, vão ser necessárias oito semanas para fazer isso, nós não podemos incluir lágrimas detalhadas!’. Por conta disso que existe o processo de revisão de roteiro, em que eles passam um verdadeiro pente fino em tudo”, explicou McDevitt.
Fonte: Gamespot
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